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Com mais nove vítimas, saltam para 34 as mortes de gaúchos pela dengue neste ano

Por REDAÇÃO em 23/03/2024 às 10:20:51
Óbitos ocorreram nos últimos dias, mas só agora a causa foi atestada. (Foto: EBC)

Óbitos ocorreram nos últimos dias, mas só agora a causa foi atestada. (Foto: EBC)

A confirmação de mais nove mortes ampliou para 34 os casos fatais de dengue no Rio Grande do Sul desde o início de janeiro. Todas com doenças pré-existentes, as vítimas faleceram recentemente mas só agora a causa de cada óbito foi atestada. O grupo é composto de três mulheres e seis homens, residentes em diversos municípios e com idades entre 34 e 88 anos.

Na lista aparecem duas pessoas de Novo Hamburgo e uma de São Leopoldo (Vale do Sinos), seguida de duas em Esteio e Gravataí (Região Metropolitana). As demais residiam em Capão da Canoa, Carazinho, Giruá e Três Passos.

Transcorridos quase três meses desde o início do ano, 22 das 497 cidades gaúchas têm perdas humanas relacionadas à doença, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Confira o ranking estadual de óbitos, em ordem decrescente, conforme estatística disponível no site dengue.saude.rs.gov.br:

– São Leopoldo: 4 mortes.
– Tenente Portela: 4 mortes.
– Novo Hamburgo: 3 mortes.
– Santa Rosa: 3 mortes.
– Giruá: 2 mortes.
– Frederico Westphalen: 2 mortes.
– Araricá: 1 morte.
– Canoas: 1 morte.
– Capão da Canoa: 1 morte.
– Carazinho: 1 morte.
– Cerro Largo: 1 morte.
– Cruz Alta: 1 morte.
– Esteio: 1 morte.
– Gravataí: 1 morte.
– Independência: 1 morte.
– Iraí: 1 morte.
– Lajeado: 1 morte.
– Redentora: 1 morte.
– Santa Cruz do Sul: 1 morte.
– São Borja: 1 morte.
– Três Passos: 1 morte.
– Vista Gaúcha: 1 morte.

A exemplo do que ocorreu no ano passado (não só no Rio Grande do Sul), a maioria dos gaúchos mortos pela doença é de idosos (a partir dos 60 anos) e com comorbidades (doenças crônicas potencialmente agravantes em quadros de dengue e covid, por exemplo). Ambos os segmentos populacionais estão entre os de maior risco em caso de contaminação pela picada do inseto transmissor – a fêmea do mosquito Aedes aegypti.

Em números arredondados, quase 28 mil gaúchos já receberam teste positivo para a doença neste ano, dos quais 23,6 mil foram contaminados pelo inseto dentro do próprio Estado (casos conhecidos como "autóctones"). Outros 14,2 mil casos suspeitos são investigados. Os números apresentam crescimento constante, conforme se verifica nos boletins diários da SES.

Novo Hamburgo concentra a maioria das notificações (3.946). Na sequência aparecem Santa Rosa (3.107), São Leopoldo (2.627), Tenente Portela (2.465), Três Passos (1.169) e Frederico Westphalen (1.127).

A onda de casos da doença motivou o governo do Estado, no dia 12 de março, a decretar situação de emergência em saúde pública. O objetivo é reforçar ações de prevenção e controle, bem como o atendimento a pacientes em um cenário de risco epidemiológico.

Com a medida, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) poderá destinar (e receber do governo federal) com maior agilidade os recursos necessários à compra de medicamentos e vacinas, dentre outros, sem os trâmites burocráticos de uma licitação, por exemplo.

Prevenção e sintomas

As autoridades estaduais reforçam a importância de se procurar atendimento nos serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito.

Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada. Confira os sinais mais característicos da dengue:

– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.

– dor retro-orbital (atrás dos olhos).

– dor de cabeça.

– dor no corpo.

– dor nas articulações.

– mal-estar geral.

– náusea.

– vômito.

– diarreia.

– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).

O SUL(Marcello Campos)

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