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As hospitalizações por influenza – vĂrus que causa a gripe – cresceram 466% nas 11 primeiras semanas epidemiológicas de 2024, na comparação com o mesmo perĂodo do ano passado.
Os dados são da Secretaria Estadual da SaĂșde (SES) e consideram os pacientes com SĂndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – quadro que ocorre quando hĂĄ falta de ar ou desconforto para respirar, sensação de pressão no peito, saturação de oxigĂȘnio abaixo de 95% e coloração azulada de lĂĄbios ou rosto (cianose).
Até o sĂĄbado, dia 16, o vĂrus foi responsĂĄvel pela internação de 136 pessoas no Estado; haviam sido 24 hospitalizações no mesmo perĂodo de 2023. A contabilidade de pacientes com quadros graves da doença deve aumentar, pois 196 casos aguardam resultado laboratorial para a identificação do vĂrus. A proporção de hospitalizações foi maior em pacientes a partir de 40 anos.
Houve também aumento no nĂșmero de óbitos por gripe: sete pessoas morreram por conta da doença nas 11 primeiras semanas epidemiológicas deste ano; em 2023, no mesmo perĂodo, foram duas.
A disparada nos casos de influenza no paĂs fez o Ministério da SaĂșde (MS) anunciar, em fevereiro, a antecipação da campanha de vacinação para 25 de março. O Estado recebeu 480 mil doses de imunizantes nesta segunda-feira, dia 18, e deve começar o trabalho de imunização nos próximos dias.
Segundo o boletim mais recente que mapeia as doenças respiratórias no RS, divulgado pela Secretaria de SaĂșde na semana passada, a cobertura vacinal dos gaĂșchos contra o vĂrus influenza em 2023 ficou distante da meta do Ministério SaĂșde (MS), que é imunizar ao menos 90% em cada grupo.
Idosos são os mais protegidos: 61,6%; crianças, com 43,1%, são os indivĂduos com a menor imunização. Veja o percentual de vacinação de cada grupo no Estado:
Covid-19: menos mortes, mas casos em alta
A anĂĄlise dos casos SĂndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) mostra que as hospitalizações por conta do Sars-CoV-2 (vĂrus da covid-19) caĂram 25,7% nas 11 primeiras semanas epidemiológicas – de 880 para 654. Essa quantidade deve aumentar porque hĂĄ casos sem resultado laboratorial para a identificação do vĂrus, segundo a Secretaria da SaĂșde.
Somado a isso, a covid-19 registrou queda de 42,6% no nĂșmero de mortes no Estado: de 216 óbitos em 2023 para 126 neste ano, no mesmo perĂodo de comparação. O RS, porém, vive uma escalada nos diagnósticos positivos da doença. Foram 6.270 em janeiro, 14.439 em fevereiro e 12.770 em março (até esta segunda), conforme o painel da SES.
Segundo ele, o cenĂĄrio tem a ver também com a evolução do agente causador da covid-19.
Segundo o boletim da Secretaria de SaĂșde sobre a SRAG, o Sars-CoV-2 seguiu como o vĂrus mais comum encontrado em coletas feitas para traçar o perfil da proporção de sĂndrome gripal no Estado, nas nove primeiras semanas do ano. Veja o resultado:
Os profissionais da secretaria identificaram 26,1% de positividade para Sars-CoV-2 em 2023 e 42,1% em 2024 nas amostras, quando consideradas as nove primeiras semanas epidemiológicas de cada ano.
JĂĄ as hospitalizações por VĂrus Sincicial Respiratório (VSR) – outro que leva a quadros de SĂndrome Respiratória Aguda Grave – caĂram 53,7% nas 11 primeiras semanas epidemiológicas – de 134 para 62. O nĂșmero pode aumentar, porque hĂĄ registros sem resultado laboratorial para a identificação do vĂrus. Segundo o levantamento, mais de 90% das internações tiveram como pacientes crianças menores de cinco anos. A doença causou uma morte no ano passado e nenhuma em 2024, nas 11 primeiras semanas.
Fonte: GaĂșcha/ ZH