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Menino montenegrino fala na TV Globo sobre a dificuldade de aprender sem internet

Por Redação:Guilherme Baptista em 18/10/2020 às 08:02:00
Adriano, de 12 anos, participou do programa É de Casa, na manhã de sábado - Reprodução/FN

Adriano, de 12 anos, participou do programa É de Casa, na manhã de sábado - Reprodução/FN

Um menino montenegrino de 12 anos de idade participou na manhã deste sábado, dia 17, do programa É de Casa, da TV Globo. O programa é apresentado por Patrícia Poeta, Ana Furtado, André Marques e Cissa Guimarães.

Adriano bateu papo com o jornalista Manoel Soares
– Reprodução/FN

Adriano Gomes Barros, morador do Loteamento Vitória, no bairro Senai, em Montenegro, participou juntamente com crianças de vários Estados, que bateram um papo com o jornalista gaúcho Manoel Soares sobre as dificuldades do aprendizado em tempos de pandemia e a volta das aulas presenciais . Participaram da conversa, via online, alunos de cidades como Palmas (Tocantins), São Paulo, Ilha do Marajó (Pará), João Pessoa (Paraíba) e Belo Horizonte (Minas Gerais). Adriano era o único da região sul. "Sou gaúcho de Montenegro", disse, enquanto se ouvia um galo cantando, o que chamou a atenção de Manoel Soares. "Eu cuido de galinhas e galos", explicou Adriano. O menino também relatou o que mais gosta na escola. "Informática, matemática, recreio e jogar bola", disse. Mas o garoto também informou que não tem internet em casa e que para fazer as atividades da escola precisa imprimir os materiais.

Mãe de Adriano, Marcia, falou das dificuldades de aprendizado sem internet e recursos para imprimir materiais
– Reprodução/FN

Todos os alunos participantes do programa falaram que está sendo muito difícil o aprendizado foram de sala de aula, principalmente não que não conseguem tirar as dúvidas. O fato positivo é que estão ficando mais tempo com a família. Sobre o retorno para a escola, a maioria ainda está com receio devido ao coronavírus. E quando perguntado sobre a primeira coisa que faria ao voltar para o colégio, Adriano disse: "dar abraço nos professores e amigos". Isso mostra a saudade dos professores e colegas. Adriano elogia a professora Simone, do 4º ano da Escola Municipal José Pedro Steigleder, que além de providenciar as impressões de materiais, faz gravações em áudio para explicar e envia por WhatsApp. O problema é que na maioria das vezes Adriano não tem acesso à internet. "Não tenho tempo e dinheiro para poder imprimir e botar cartão no celular", explica a mãe, Márcia, que também participou do programa. "Ele tem um pouco de dificuldade para aprender", declarou, sobre o déficit de aprendizagem, explicando que em casa não consegue oferecer ao filho o que as professoras fazem na escola.

Adriano mora no Loteamento Vitória, do bairro Senai, e estuda na Escola José Pedro Steigleder
– Reprodução/FN

Adriano mora com os pais e mais dois irmãos. E mesmo com todas as dificuldades é um menino empenhado e sempre sorridente. "Ele foi bem espontâneo", destaca o jornalista Rogério dos Santos, que coordenada a Central Única das Favelas (CUFA) em Montenegro. Manoel Soares, como coordenador da entidade na região sul, solicitou vídeos de crianças. De Montenegro foram enviados 16 vídeos e Adriano acabou sendo selecionado para falar. Os demais pais também relataram as dificuldades para o aprendizado dos filhos e a mudança da rotina em casa.

Mil chips

A CUFA, Comunidade Door e o Alô Social lançaram o programa Mães da Favela On e em parceria com a operadora Tim estão sendo distribuídos 500 mil chips para mães cadastradas. A Cufa em Montenegro deve receber mil chips e a família de Adriano deverá ser uma das cadastradas, já que Marcia integra o projeto Mães da Favela. Com isso terá acesso gratuito a internet por seis meses, além de poder fazer ligações e enviar mensagens. A distribuição dos chips deve iniciar na próxima semana.

Fonte: FatoNovo

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