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Rio Grande do Sul registra o quinto óbito por dengue em 2024

Por REDAÇÃO em 21/02/2024 às 08:47:11
É a terceira morte confirmada em Tenente Portela, no Noroeste do Estado gaúcho. (Foto: Reprodução)

É a terceira morte confirmada em Tenente Portela, no Noroeste do Estado gaúcho. (Foto: Reprodução)

A Secretaria Estadual da Saúde confirmou nesta terça-feira (20), o quinto óbito por dengue no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma mulher, de 75 anos, com comorbidades, residente em Tenente Portela. O óbito ocorreu no último dia 16.

É a terceira morte confirmada no município, que também apresenta o maior número de casos confirmados no Estado gaúcho atualmente: 5,2 mil infecções no ano.

Até o momento o Estado apresenta circulação do sorotipo DENV1 e DENV2.

A SES reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas. Dessa forma, evita-se o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.

Principais sintomas:

– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias;

– dor retro-orbital (atrás dos olhos);

– dor de cabeça,

– dor no corpo,

– dor nas articulações,

– mal-estar geral,

– náusea,

– vômito,

– diarreia,

– manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e eliminação dos objetos com água parada são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática.

O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.

Situação epidemiológica

Neste ano, o RS registra 5.208 casos confirmados da doença , sendo 4.555 autóctones, que é quando o contágio aconteceu dentro do Estado, com os demais sendo importados (residentes do RS que foram infectados em viagem a outro local).

Em 2023, foram mais de 34 mil casos autóctones. Ao todo, foram 54 óbitos em virtude da dengue no ano passado.

Força-tarefa

Desta quarta até sexta-feira (21, 22 e 23 de fevereiro), uma força-tarefa será enviada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) para apoiar o enfrentamento à dengue em Tenente Portela, Redentora, Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e demais municípios da Região Noroeste, vinculados às 2ª e 15ª Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS). As equipes realizarão reuniões e visitas in loco nas comunidades durante os três dias.

Tenente Portela é o município que apresenta o maior número de casos de dengue no Rio Grande do Sul em 2024. Conforme os dados que constam no Painel da Dengue (dengue.saude.rs.gov.br) nesta terça-feira (20), dos 5028 casos confirmados em todo o RS neste ano, 1.234 estão em Tenente Portela. Até agora, o Estado tem 466 municípios infestados pela circulação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue e quatro óbitos ocorridos devido à doença.

Entre as estratégias, está a técnica de Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI-Aedes), que prevê a aplicação de inseticida em áreas de repouso dos insetos.

A força-tarefa da SES que vai entrar em ação junto com as prefeituras municipais coordenadorias Regionais de Saúde é formada por profissionais de saúde e gestores do Centro Estadual de Vigilância em Saúde(Cevs), do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (DAPPS) e Departamento de Gestão da Atenção Especializada (DGAE).

O cronograma das equipes designadas para prestar apoio aos municípios vai desenvolver atividades de orientação e prevenção aos focos do mosquito. Medidas de verificação de pátios e locais propícios para formação de criadouros serão intensificadas junto aos moradores da cidade.

Entre as estratégias, está a técnica de Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI-Aedes), que prevê a aplicação de inseticida em áreas de repouso dos insetos. O método é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Estudos em outros países demonstraram que, após uma única aplicação, há uma redução sensível ao longo dos meses no número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes.

Outro foco da ação estará no reforço das orientações e da capacitação de profissionais de saúde da atenção primária, da rede ambulatorial e hospitalar sobre diagnóstico e tratamento.

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