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Presa quadrilha que lesou milhares de pessoas com sistema de falsos investimentos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo

Por REDAÇÃO em 12/07/2023 às 10:57:40
A estimativa é de que o grupo criminoso tenha lesado mais de 4 mil vítimas nos três Estados, causando prejuízos que superam R$ 20 milhões Foto: Polícia Civil/Divulgação

A estimativa é de que o grupo criminoso tenha lesado mais de 4 mil vítimas nos três Estados, causando prejuízos que superam R$ 20 milhões Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12), a Operação Trapaça no Rio Grande do Sul, em São Paulo e em Santa Catarina para desarticular uma quadrilha que lesou milhares de pessoas com um sistema de falsos investimentos.

Cento e cinquenta policiais cumpriram 11 mandados de prisão temporária, 21 de busca e apreensão residencial, 19 de busca e apreensão de veículos e bloqueios de contas bancárias e de imóveis de 11 pessoas físicas e três pessoas jurídicas. Oito criminosos foram presos. Os agentes apreenderam armas e veículos de luxo.

Em Santa Catarina, onde a maior parte da quadrilha reside, a operação foi realizada em Tijucas, Porto Belo, Balneário Camboriú, São Lourenço do Oeste e Itapema. No RS, os mandados foram cumpridos em Santo Antônio das Missões, onde o grupo centralizou as suas atividades por alguns meses, lesando centenas de pessoas. A ação também ocorreu na capital paulista, onde um dos integrantes do bando mora.

Segundo os delegados Heleno dos Santos, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas de São Luiz Gonzaga, e Gerson de Assis, de Santo Antônio das Missões, várias vítimas procuraram a Polícia Civil reclamando de uma empresa que prometia investimentos no mercado de ações com a promessa de altos ganhos. As vítimas foram atraídas a integrarem grupos virtuais de "investimentos financeiros" geridos a partir de uma plataforma digital denominada "Genesis.vet" (Genesis Finance Limited), nome "copiado" em parte de uma empresa do ramo financeiro denominada "Gênesis Investimentos", que não tem relação com a investigação.

A estimativa é de que o grupo criminoso tenha lesado mais de 4 mil vítimas nos três Estados, causando prejuízos que superam R$ 20 milhões. O golpe começava a partir do momento em que a vítima era convidada a fazer o upload do aplicativo "Genesis.vet" para o seu smartphone, cadastrando, em seguida, os seus dados pessoais e anexando diversos documentos. Na sequência, a pessoa recebia um link para aderir a grupos de WhatsApp, onde recebia orientações de como investir, havendo especial "pressão" para investir rapidamente.

De acordo com os delegados, os golpistas mesclavam o uso de aplicativos legítimos com a utilização de aplicativos falsos. Havia o uso regular de aplicativos para a conversão de moeda estrangeira, por exemplo, culminando com a transferência de quantias variadas em dinheiro para os criminosos, via Pix, TED ou boletos, todos gerados a partir de uma plataforma também regular, de modo a parecer que as transações eram feitas sempre a partir de sites e aplicativos seguros.

O golpe era consumado quando as vítimas usavam os códigos para Pix e boletos acreditando que estavam realmente fazendo investimentos, quando, na verdade, estavam transferindo os valores diretamente para as contas dos criminosos ou das empresas por eles criadas. Há indicativos de que grande parte do dinheiro era depositado em contas localizadas no exterior.

Apesar de não terem nenhuma formação na área financeira, os golpistas geralmente utilizavam linguagem técnica usada por corretores de investimentos e consultores financeiros, sempre aparecendo em vídeos e imagens postadas nos grupos de WhatsApp como figuras bem-sucedidas, enaltecendo os retornos financeiros "excepcionais e rápidos" da plataforma "Genesis".

Algumas vezes, eles exibiam veículos e bens variados supostamente adquiridos com os altos e falsos retornos – o dinheiro usado para a compra dos bens pelos golpistas, na verdade, era das próprias vítimas.

Fonte: O Sul


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