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PolĂ­cia fecha asilo clandestino em Taquari

No local havia cinco idosos, atendidos em condições precĂĄrias, com falta de alimentação e de higiene. Uma pessoa foi presa

Por REDAÇÃO em 02/07/2021 às 10:10:05
Foto divulgação: Brigada Militar/Taquari

Foto divulgação: Brigada Militar/Taquari

Operação da Brigada Militar, Polícia Civil e AssistĂȘncia Social resultou no fechamento de uma casa de longa permanĂȘncia clandestina em Taquari. A ação ocorreu na manhã de quinta-feira, 1Âș de julho, após denúncia de maus tratos e negligĂȘncia a idosos e pessoas em vulnerabilidade.

Conforme a BM, quando os agentes chegaram à residĂȘncia, no bairro Parque do Meio, uma funcionĂĄria foi chamada. Ela disse que morava na residĂȘncia com a avó e que ninguém entraria sem um mandado. Foram ouvidos pedidos de socorro vindos do interior da casa.

Em um espaço de cerca de quatro metros quadrados com janelas fechadas, foram encontradas cinco pessoas em ambiente insalubre, com forte cheiro de urina e fezes, sem alimentação.

"Eles estavam em condições deplorĂĄveis. Pelos relatos, eles pediam socorro. Provavelmente quando ouviram os policiais, começaram a gritar", diz o Capitão da Brigada Militar, FĂĄbio Cézar Bilhar.

Segundo relatos, alguns deles dormiam no chão, passavam frio pela falta de cobertores e tomavam banho uma vez por semana.
Inquérito instaurado

De acordo com a delegada de Taquari, Betina Martins Caumo, dois internos tinham 50 anos. Os outros tinham 58, 61 e 72 anos.
"Acreditamos que alguns deles apresentavam algum tipo de deficiĂȘncia mental. Foi instaurado um inquérito para verificar se os familiares tinham conhecimento da situação, se os bens estavam sendo utilizados pelos proprietĂĄrios da casa. VĂĄrios aspectos precisam ser apurados", diz a delegada.

Na casa, foram encontradas pastas com a documentação dos internos, além de escala de serviço dos supostos cuidadores, diversas caixas de remédios e itens usados no dia a dia, como fraldas e cadeira de rodas.

O abrigo não era regularizado junto ao município. A funcionĂĄria foi presa e encaminhada à Delegacia de Polícia de Taquari. Casal de proprietĂĄrios estĂĄ fora da cidade e deve depor nos próximos dias. Os idosos ficaram sob responsabilidade da AssistĂȘncia Social de Taquari.

Encaminhamento familiar

De acordo com a coordenadora da AssistĂȘncia Social do município, Marisa Madalena Bastos Fazenda, os proprietĂĄrios da residĂȘncia não deixavam os agentes de saúde entrarem no local. Quando os familiares solicitavam uma visita, diziam haver restrições pela covid-19 ou estarem indisponíveis no momento. Na casa estavam internos de Mariante, Venâncio Aires, Coxilha Venha e Taquari.

Marisa diz que a suspeita é de que eles residiam na casa por pelo menos dois meses, período em que a clínica funcionava em Taquari. Antes disso, os proprietĂĄrios do espaço atendiam em Triunfo. Alguns dos idosos podem ter vindo de lĂĄ.

Depois da operação da Brigada Militar e Polícia Civil, a AssistĂȘncia Social fez contato com as famílias. "Pedimos que eles viessem buscar os internos da casa, e agora estamos acompanhando a situação", afirma Marisa.

Segundo relatos das famílias, a clínica era particular e cobrava R$ 1,5 mil por mĂȘs. A coordenadora destaca que a AssistĂȘncia Social não sabia do funcionamento da casa.

Fonte: Bibiana Faleiro/ A. HORA
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