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Rotina de voluntária da vacina de Oxford inclui "medir picada" e preencher diário

  Na primeira consulta de Stella, uma bateria de exames no Instituto D"Or de Pesquisa e Ensino, em Botafogo (zona sul), mediu sua pressão, temperatura, peso e altura e [...]

Por REDAÇÃO em 12/08/2020 às 12:44:46

 

Na primeira consulta de Stella, uma bateria de exames no Instituto D"Or de Pesquisa e Ensino, em Botafogo (zona sul), mediu sua pressão, temperatura, peso e altura e incluiu testes RT-PCR e de sorologia para Covid, além de gravidez.

Três dias depois, mais uma porção de exames comprovou sua aptidão para a pesquisa e ela seguiu diretamente para a sala da vacina, onde ficou em observação por 30 minutos. "Fui com muita expectativa. Os resultados prévios são bons e a esperança de todos é que dê certo", diz, otimista.

No dia 20 de julho, os pesquisadores de Oxford anunciaram resultados iniciais promissores, com base em um estudo com 1.077 pessoas saudáveis no Reino Unido. A vacina, de acordo com esses dados, é segura e gera uma resposta do sistema imunológico.

Mas o otimismo da médica deu lugar ao medo à noite, quando começaram a febre baixa, os calafrios e as dores no corpo que durariam 48 horas, apesar do paracetamol que ela foi orientada a tomar. "Fiquei assustada, dei até o telefone do instituto para o meu marido, caso eu passasse mal", conta. Não foi preciso.

Nos dias seguintes, ela teve que fazer a lição de casa: medir diariamente com uma régua a reação no local da vacina, onde a pele ficou endurecida e avermelhada, e aferir a temperatura corporal com um termômetro, além de responder a um questionário virtual.

Depois de duas semanas, o diário online que ela deverá continuar preenchendo por um ano ficou menor, incluindo apenas se ela sentiu sintomas como tosse, febre ou perda de olfato. Faltam ainda quatro visitas de acompanhamento no instituto, que devem ocorrer 28, 90, 182 e 364 dias após a vacina e incluem exames de sangue.

"Não dá muito trabalho, é por um bom motivo", afirma. "O que me deixou muito segura foram os estudos prévios, a explicação, os contatos que dão. Eles dizem: se você ficar grávida vai ter assistência, se internar temos hospital."

Stella, no entanto, não sabe se tomou a vacina ou não. Isso porque os voluntários foram divididos em dois grupos, um que tomou a dose contra a Covid e o outro que tomou uma dose contra a meningite, para comparação dos resultados. "Lógico que, entre uma e outra, eu queria muito ter sido vacinada para Covid", brinca ela.

Os cuidados, portanto, continuam os mesmos. "Apesar de ter esperança, tenho que me lembrar de manter o medo igual, não posso relaxar, porque não sei qual foi a vacina que eu tomei. E, mesmo se for a de Covid, não tenho certeza se imuniza", conclui.

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Fonte: Banda B

Tags:   Saúde
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