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Bolsonaro alega perseguição e pede anistia para presos do 8 de Janeiro

Por REDAÇÃO em 26/02/2024 às 09:19:08
O ex-mandatário ainda negou a articulação golpista depois da derrota nas eleições. Foto: Reprodução

O ex-mandatário ainda negou a articulação golpista depois da derrota nas eleições. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (25), durante ato político na Avenida Paulista, em São Paulo, que sofre uma perseguição desde que deixou a presidĂȘncia no fim de 2022. Em sua fala, pediu anistia aos presos do 8 de Janeiro. O ex-mandatĂĄrio ainda negou a articulação golpista depois da derrota nas eleições.

"Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil. Por que continuam me acusando de golpe? Porque tem uma minuta de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Deixo claro que estado de sítio começa com presidente convocando conselho da República. Isso foi feito? não", disse.

A manifestação com milhares de pessoas foi convocada por Bolsonaro nas redes sociais no momento em que ele e aliados são pressionados por inquéritos da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro afirmou que busca "pacificação" e passar uma "borracha no passado".

"O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de continuarmos em paz. Não continuarmos sobressaltados", disse.

O ex-presidente mencionou a derrota eleitoral dizendo que "aquela coisa que aconteceu em outubro de 2022? deve ser considerada "pĂĄgina virada".

Contudo, voltou a lançar suspeitas sobre a vitória de Luiz InĂĄcio Lula da Silva.

"Nós podemos até ver um time de futebol sem torcida ser campeão, mas não conseguimos entender como existe um presidente sem povo ao teu lado", afirmou.

Ele evitou citar o ministro Alexandre de Moraes do STF, que foi alvo de outras manifestações de Bolsonaro. Houve uma menção indireta a integrantes do Poder JudiciĂĄrio.

"Quando o Estado DemocrĂĄtico de Direito não é respeitado, aquela minoria fabrica órfãos de pais vivos. O abuso por parte de alguns traz insegurança para todos nós", disse.

Ele também pediu ao Congresso que faça um projeto de anistia para os "pobres coitados do 8 de janeiro", avaliando que as penas contra aqueles que invadiram as sedes dos TrĂȘs Poderes "fogem ao mínimo da razoabilidade".

Bolsonaro foi aconselhado a evitar subir o tom contra o STF para não piorar a situação jurídica dele e de aliados. O ex-presidente é investigado em pelo menos oito inquéritos, de fake news sobre urnas eletrônicas a ataques golpistas e venda de joias do acervo da PresidĂȘncia.

Ele estĂĄ inelegível até 2030 e aliados jĂĄ trabalham com a possibilidade de prisão dele. "Se eles te prenderem, vocĂȘ vai sair de lĂĄ exaltado. Se eles te prenderem, não vai ser para a tua destruição, mas para a destruição deles", disse o pastor Silas Malafaia, organizador do ato, durante o discurso.

Além de Bolsonaro e Malafaia, discursaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), e o senador Magno Malta (PL-ES).

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