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IncontinĂȘncia urinĂĄria Ă© mais comum em mulheres

A incontinĂȘncia urinĂĄria Ă© a perda involuntĂĄria da urina pela uretra.

Por REDAÇÃO em 05/02/2024 às 09:22:20

A incontinĂȘncia urinĂĄria, de grande incidĂȘncia na população brasileira, pode ocorrer em mulheres, homens e crianças. A incontinĂȘncia urinĂĄria é a perda involuntĂĄria da urina pela uretra. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos de idade.

O coordenador do Departamento de Disfunção Miccional da SBU, Alexandre Fornari, disse nesta sexta-feira (2) à AgĂȘncia Brasil que, na incontinĂȘncia urinĂĄria em geral, a causa mais comum é o mau funcionamento da bexiga, chamado bexiga hiperativa.

"É quando a pessoa estĂĄ parada e, do nada, dĂĄ uma vontade urgente de urinar. E tem que urinar, senão vaza urina. Às vezes, não dĂĄ tempo e acaba vazando. Pode dar em homens e mulheres e a maior parte das vezes não chega a ser incontinĂȘncia; é só urgĂȘncia urinĂĄria."

Em crianças, a incontinĂȘncia mais comum resulta de problemas neurológicos ou relacionados ao aprendizado da micção, no momento da retirada das fraldas. Nos homens, Fornari afirmou que "quanto mais idoso, mais incontinĂȘncia tem".

O distĂșrbio, geralmente, pode estar relacionado a problemas neurológicos ou a problemas da próstata, causa mais comum. "Afeta tanto quem faz cirurgia de próstata, como quem não faz. E, às vezes, precisa fazer, justamente para tratar essa incontinĂȘncia urinĂĄria, porque o fato de a próstata trancar um pouco a saĂ­da da urina faz a bexiga funcionar mal e leva à incontinĂȘncia urinĂĄria", disse o urologista.

Nas mulheres

Nas mulheres, que é mais comum, hĂĄ a incontinĂȘncia urinĂĄria de esforço. "Quando ela tosse, espirra, levanta peso, perde urina". O médico explicou que apesar de normalmente se achar que o maior fator de risco são gestações e partos, na verdade esse é o segundo maior fator de risco.

O primeiro é a história familiar. "Mãe, tia, irmã mais velha que tĂȘm perda de urina de esforço acabam sendo o maior fator de risco". Isso, geralmente, estĂĄ relacionado a um problema que é o esfincter, mĂșsculo que fica na saĂ­da da urina e que tem que segurar a urina mas que, por algum motivo, não estĂĄ segurando bem.

"Isso pode ser resultado do envelhecimento, do esforço". O mais significativo é a qualidade do colĂĄgeno, que estĂĄ presente nos ligamentos que sustentam essa região e que tem a parte genética como fator de risco", disse Alexandre Fornari.

Afirmou que, nas mulheres, o mais comum é ter incontinĂȘncia urinĂĄria a partir dos 45 anos ou 50 anos. Nos homens, quanto mais idosos e com mais problemas de próstata, maior a incidĂȘncia.

Tratamento

O primeiro passo para o tratamento, "e mais importante de todos", segundo o especialista, é ver qual é o tipo de incontinĂȘncia urinĂĄria. Considerando o mais comum, que seria a bexiga hiperativa, o tratamento pode ser com fisioterapia e medicação, "que resolvem 85% dos casos". Nos casos em que esses dois tratamentos não funcionem, pode-se fazer aplicação de botox na bexiga ou implante de um marcapasso nesse órgão.

Quando é problema de próstata, recomenda-se medicação ou alguma cirurgia. No caso de incontinĂȘncia urinĂĄria de esforço, que dĂĄ mais em mulheres, o tratamento é fisioterapia ou cirurgia, quando se coloca uma tela embaixo da uretra para dar sustentação e melhorar o funcionamento do mĂșsculo esfincter, que não estava segurando a urina.

O coordenador do Departamento de Disfunção Miccional da SBU orientou que tanto mulheres como homens, que estejam sendo afetados pelo distĂșrbio da incontinĂȘncia urinĂĄria, devem procurar um urologista, que é o médico especialista no trato urinĂĄrio.

"São treinados para fazer tratamento de todos os tipos de incontinĂȘncia, seja por causa neurológica ou de esforço. O profissional mais adequado seria, realmente, o urologista, que vai indicar o tratamento correto para aquele paciente."

Cura

Fornari assegurou que a incontinĂȘncia na mulher tem cura. "Tem como ficar seca. Às vezes, o caminho é um pouco mais comprido. Às vezes, precisa fazer cirurgia, às vezes algumas sessões de fisioterapia jĂĄ resolvem. Outras vezes, tem que botar um marcapasso para a bexiga."

Na avaliação do médico, é muito difĂ­cil que se tenha alguma situação que o especialista não consiga resolver. Nesse caso, destacou que existem vĂĄrias formas de amenizar o impacto da incontinĂȘncia, incluindo produtos como fraldas, absorventes, dispositivos implantĂĄveis. "HĂĄ muitas coisas que se pode fazer para melhorar a situação quando não tem cura. Mas é difĂ­cil que não se consiga resolver a incontinĂȘncia urinĂĄria", destacou.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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