https://jornalinformativotabaiense.com
A cidade de Caxias do Sul registra muitas colisões de veículos com objetos fixos. Gravataí tem a maioria dos acidentes em rodovias. Pelotas se destaca pelos acidentes com motociclistas, especialmente jovens. Em Rio Grande, o maior problema são os acidentes com pedestres idosos. Em Novo Hamburgo, os acidentes em vias municipais ocorrem mais à noite. As constatações acima foram feitas a partir de levantamento inédito do DetranRS divulgado nesta Semana Nacional de Trânsito. O estudo inclui, pela primeira vez, os acidentes de trânsito com lesão corporal e com danos materiais, além de acidentes fatais, que já eram analisados. A base de dados é o Sistema Consultas Integradas, da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Os diagnósticos do DetranRS visam subsidiar as prefeituras para atuarem com mais precisão nos problemas específicos de cada localidade. Inicialmente, foram realizados estudos dos 34 municípios que integram o Gabinete de Gestão Integrada da Região Metropolitana de Porto Alegre (Ggim Poa), dentro do programa RS Seguro do governo do Estado, e outros 16 com alto índice de acidentalidade, totalizando 50. Essa amostra representa 63% da frota registrada no Estado e concentra 51,8% dos acidentes fatais entre 2010 e 2019. Porto Alegre, embora esteja nesse grupo de 50, não teve os dados analisados, pois já conta com um diagnóstico qualificado realizado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e pela equipe do programa Vida no Trânsito.
Foram analisados todos os 8.708 acidentes fatais no período de 2010 a 2019, além de um total de 62.648 acidentes com lesão e 134.317 ocorrências com danos materiais dos últimos três anos. Os diagnósticos individualizados dos 50 municípios foram encaminhados às secretarias de trânsito das prefeituras, oferecendo assessoria para a avaliação dos dados e desenvolvimento de intervenções de engenharia, educação ou fiscalização.
Os municípios podem também solicitar ao DetranRS e à Secretaria Estadual de Saúde (SES) a inclusão no programa Vida no Trânsito, iniciativa voltada para a vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde, em resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ações pela Segurança no Trânsito. O programa, que analisa minuciosamente a acidentalidade nas localidades e propõe soluções específicas, trouxe resultados em Porto Alegre e deve ser estendido para outros municípios do Estado.
Diretor-geral do DetranRS, Enio Bacci reforça o convite para os municípios analisarem os diagnósticos realizados e coloca o DetranRS à disposição para, em parceria com as equipes locais, desenvolver ações mais efetivas de prevenção da acidentalidade.
Os principais resultados do levantamento
CAXIAS DO SUL
30,4% colisões (frontais e traseiras), 28% foram atropelamentos e 27,5% envolveram apenas um veículo (choques em objeto fixo, capotagens e tombamentos)
49% dos acidentes fatais ocorreram nas vias municipais
36% dos acidentes envolveram motocicletas e outros 19% tiveram participação de caminhões
28,4% das vítimas fatais eram condutores, seguido de pedestres (26,3%) e de motociclistas (26,1%)
GRAVATAÍ
38% dos acidentes tiveram o envolvimento de motocicletas
27% dos óbitos eram motociclistas, desses, 34,5% eram jovens com até 24 anos
34,6 % colisões (frontais e traseiras) e 35,4% foram atropelamentos
33,2% dos óbitos eram pedestres, desses, 34,5% eram idosos
33% dos acidentes fatais ocorreram durante a noite e outros 21% nas madrugadas
44,5% dos acidentes fatais foram rodovias estaduais, desses, 48,5% foram colisões (frontais e traseiras) e 29,2% foram atropelamentos
NOVO HAMBURGO
48,3% dos acidentes tiveram o envolvimento de motocicletas
38,4% dos óbitos eram motociclistas, desses, 43% eram jovens com até 29 anos de idade
30,2% foram atropelamentos
28,2% dos óbitos eram pedestres, desses, 46,2% eram idosos
64% dos acidentes fatais no período ocorreram nas vias municipais, 36% destes ocorreram à noite
PELOTAS
56% dos acidentes tiveram o envolvimento de motocicletas
38% dos óbitos eram motociclistas, desses, 59,6% eram jovens com até 34 anos de idade
40,6% foram colisões frontais e traseiras e 27% foram atropelamentos
25,8% dos óbitos eram pedestres, desses, aproximadamente 50% eram idosos
78,3% dos acidentes fatais no período ocorreram nas vias municipais
nas vias municipais, 30,4% foram atropelamentos e 43,2% desses ocorreram à noite
RIO GRANDE
44,8% dos acidentes tiveram envolvimento de motocicletas
35,7% foram colisões frontais e traseiras e 33,2% foram atropelamentos
31,2% dos óbitos eram pedestres, desses, 41% eram idosos
28,5% dos óbitos eram motociclistas
46,6% dos acidentes fatais no período ocorreram nas vias municipais, 48% desses ocorreram durante as noites e madrugadas
Os municípios que receberam o diagnóstico:
Alegrete
Alvorada
Bagé
Bento Gonçalves
Cachoeira do Sul
Cachoeirinha
Camaquã
Campo Bom
Canguçu
Canoas
Capão da Canoa
Carazinho
Caxias do Sul
Cruz Alta
Dois Irmãos
Erechim
Esteio
Gravataí
Guaíba
Igrejinha
Ijuí
Itaqui
Lajeado
Montenegro
Novo Hamburgo
Panambi
Parobé
Passo Fundo
Pelotas
Rio Grande
Santa Cruz do Sul
Santa Maria
Santa Rosa
Santana do Livramento
Santo Ângelo
São Borja
São Gabriel
São Leopoldo
São Lourenço do Sul
Sapiranga
Sapucaia do Sul
Taquara
Teutônia
Torres
Tramandaí
Triunfo
Uruguaiana
Venâncio Aires
Viamão
Texto: Ascom DetranRS
Edição: Secom