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O novo presidente disse que seu compromisso serĂĄ servir ao Brasil. "O povo brasileiro não quer discórdia, quer emprego. O povo brasileiro não quer luta pelo poder, quer que os poderes lutem por ele. O povo brasileiro não quer a divisão da ideologia, mas a multiplicação no seu dia a dia. Não temos tempo para errar, chega de zero a zero. O povo brasileiro quer resultado, quer emprego, quer melhora de vida, educação melhor para os seus filhos, quer segurança, um futuro melhor, um Brasil melhor", acrescentou.
Em um aceno a setores financeiros e empresariais, Hugo Motta defendeu medidas de responsabilidade fiscal e enfatizou que "nada é pior para os mais pobres do que a inflação, a falta de estabilidade na economia". "Não hĂĄ democracia com caos social, não hĂĄ estabilidade social com caos econômico", observou.Sobre a cobrança por transparĂȘncia nas emendas parlamentares, embora não tenha citado o tema diretamente, Hugo Motta defendeu uma "radicalização da transparĂȘncia nas contas que são, por definição, pĂșblicas" e falou na criação de uma plataforma integrada de todos os Poderes da RepĂșblica com os dados sobre recursos do orçamento.
Motta afirmou que parlamento forte é uma barreira de proteção da democracia e pediu harmonia entre os TrĂȘs Poderes. "Ninguém é dono da Constituição", pregou.
Em diferentes momentos de sua fala, citou Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte, para defender um parlamento forte. "Nenhum poder pode tudo e que todos, somente todos, podem representar, na totalidade, a democracia. Sem harmonia, a democracia pode ser irremediavelmente fraturada. Serei um guardião da independĂȘncia e uma sentinela permanente da harmonia", insistiu.
Por fim, em mais uma menção à defesa da democracia, Hugo Motta fez uma referĂȘncia ao filme brasileiro Ainda estou aqui, dirigido por Walter Salles e estrelado pela Fernanda Torres, que narra a trajetória de Eunice Paiva na luta contra a ditadura, após o seu marido, Rubens Paiva, ter sido preso, torturado e executado por agentes da ditadura militar que governou o Brasil de forma autoritĂĄria entre as décadas de 1960 e 1980, perseguindo e matando opositores. "Deixo uma mensagem de otimismo: ainda estamos aqui", encerrou Motta, arrancando aplausos do plenĂĄrio.
O filme Ainda estou aqui e Fernanda Torres disputam trĂȘs categorias do prĂȘmio Oscar este ano.
O comando da Câmara dos Deputados para os próximos dois anos foi definido, em votação no plenĂĄrio da Casa, realizada na tarde deste sĂĄbado. A presidĂȘncia da Câmara serĂĄ do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), o mais jovem a ocupar o cargo no perĂodo democrĂĄtico.
Ele obteve o apoio de 444 dos 513 deputados federais, derrotando os concorrentes Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que obtiveram 31 e 22 votos, respectivamente. Houve o registro de dois votos em branco.
Na sequĂȘncia de sua eleição, Hugo Motta, jĂĄ empossado no cargo, apurou a votação para os outros seis cargos que compõem a mesa diretora da Câmara: 1° vice-presidente, 2° vice-presidente, 1° secretĂĄrio, 2° secretĂĄrio, 3° secretĂĄrio e 4° secretĂĄrio, bem como quatro suplentes.
Foi eleita a chapa Ășnica inscrita pelo bloco parlamentar de apoio ao agora novo presidente da Câmara dos Deputados, composto por 17 dos 20 partidos com assento na casa. Não houve candidaturas avulsas para nenhum desses cargos.
Assim ficou a nova gestão da Câmara dos Deputados para o próximo biĂȘnio:
- PresidĂȘncia: Hugo Motta (Republicanos-PB) - 444 votos
Os deputados Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), Paulo Foletto (PSB-ES), Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES) e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP) foram eleitores para a suplĂȘncia de secretarias.
Fonte: EBC