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Foto reprodução: Polícia Civil
Na manhã desta segunda-feira, dia 20, a Polícia Civil prendeu um casal de 19 e 20 anos em Sério, sob a acusação de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. A prisão preventiva foi decretada pela Comarca de Lajeado após investigações relacionadas a um crime ocorrido em 13 de setembro.
De acordo com os relatos das autoridades, a mulher deu à luz em sua residência e, em seguida, teria matado a recém-nascida por esgorjamento (lesão incisa na região anterior do pescoço, causada por um instrumento cortante), utilizando uma faca de serra.
Após o crime, a jovem limpou a cena e ocultou o corpo entre panos. Dias depois, o companheiro recolheu o corpo, colocou-o em um saco plástico e descartou-o no aterro sanitário local, onde ateou fogo e abandonou os restos em uma área de mata.
A situação foi descoberta quando a mulher buscou atendimento médico em Sério após o parto. Transferida para um hospital em Estrela, a equipe médica acionou a polícia ao suspeitar de um aborto. Exames periciais subsequentemente confirmaram que a mulher não apresentava estado puerperal, descartando a possibilidade de aborto espontâneo.
Segundo a apuração policial, a motivação para o crime estaria ligada ao medo da jovem de ser abandonada pelo companheiro, que rejeitava a gravidez e pressionava por um aborto. O casal, segundo as investigações, não desejava criar a criança.
O casal foi detido e encaminhado aos presídios feminino e masculino de Lajeado. Ambos não possuíam antecedentes criminais. As penas máximas para os crimes imputados podem somar até 45 anos e 8 meses de reclusão, embora a aplicação das penas dependa do julgamento pelo júri e das circunstâncias específicas do caso.
Em seus depoimentos, a mulher alegou não se recordar de ter cometido o ato, enquanto o companheiro optou por não se manifestar. A Polícia Civil continua a investigar o caso, buscando esclarecer todos os detalhes e motivações por trás dessa tragédia.
Polícia Civil