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PT pede arquivamento de projeto de lei que anistia condenados pelo 8 de janeiro

Por REDAÇÃO em 21/11/2024 às 07:25:59
Documento foi apresentado pela presidente do PT, Gleise Hoffmann Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Documento foi apresentado pela presidente do PT, Gleise Hoffmann Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O PT apresentou nesta quarta-feira (20) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, requerimento para que seja arquivado o PL (Projeto de Lei) nÂș 2.858, que prevĂȘ anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023.

O documento foi entregue pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Em nota, o PT avaliou que manter a tramitação do projeto é "inoportuno" e "inconveniente" para a democracia.

"Isso ficou demonstrado cabalmente pelo recente atentado a bomba contra a sede do STF [Supremo Tribunal Federal] em Brasília e pelas conclusões da Polícia Federal no inquérito do 8 de janeiro, revelando os planos de assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Moraes", destacou o comunicado.

"Além de demonstrar a gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, que poderiam vir a se beneficiar da anistia proposta, a perspectiva de perdão ou impunidade dos envolvidos tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema direita, afirmam os deputados."

Operação

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira (19) operação para desarticular organização criminosa responsĂĄvel por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A corporação informou ter identificado a existĂȘncia de "um detalhado planejamento operacional", denominado Punhal Verde e Amarelo, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. "Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado", destacou a PF.

Quatro militares do Exército e um agente da PF foram presos na operação. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva MĂĄrio Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo.

Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como "kid pretos", altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras tĂĄticas militares de elite.

Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.

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