Identificada a mulher morta em Osório e que teve o corpo coberto por cimento dentro de geladeira

O Instituto Geral de Perícias (IGP) identificou a uma mulher morta na cidade de Osório (Litoral Norte gaúcho) e cujo corpo estava coberto de cimento dentro de uma geladeira em sua casa, no bairro Sulbrasileiro. Trata-se de Nara Denise dos Santos, 62 anos, ex-candidata a vereadora pelo PDT na eleição de 2020. O companheiro dela, de 38 anos, está preso pelo crime.

Conforme com a Polícia Civil, tudo indica tratar-se de um feminicídio seguido de ocultação de cadáver, em meio a um surto psicótico por parte do autor do crime, que morava com a vítima desde 2018. O caso prossegue sob investigação, inclusive para esclarecer as circunstâncias do incidente.

Na madrugada de sábado (6) o homem acionou a Brigada Militar (BM) em Imbé, informando a descoberta do cadáver. Policiais se deslocaram com ele até a residência, na rua Pinheiro Machado, onde havia sinais de desordem, com diversos objetos espalhados em seu interior e a vítima mutilada dentro do refrigerador, posicionado na horizontal e preenchido com cimento, já endurecido.

Durante o interrogatório, o companheiro – dono de uma tele-entrega de alimentos e eventualmente, dentre outras atividades – acabou confessando a autoria, sem detalhar aspectos como motivação do feminicídio. Ele se limitou a relatar que estava "possuído" e que a idosa foi morta na última quarta-feira (3). Disse, ainda, que eram frequentes as brigas entre o casal.

O indivíduo foi então submetido a avaliação médica e encaminhado a uma cela na Penitenciária Modulada Estadual de Osório. Já o corpo de Denise foi sepultado no final da tarde de sábado no Cemitério Municipal da cidade, com a presença de familiares e amigos.

Nota do PDT

Por meio de nota oficial divulgada nesse fim de semana, o diretório local do Partido Democrático Trabalhista (PDT) repercutiu o caso. Confira a íntegra da manifestação:

"O PDT de Osório lamenta profundamente o falecimento da companheira de partido Nara Denise que sempre demonstrou força, garra e alegria de viver. Uma apaixonada pela luta partidária e tradicional militante da família PDT, tendo sido inclusive candidata a vereadora no último pleito municipal. Ela tinha 62 anos e foi vítima de um feminicídio.

Neste momento de dor, o PDT se solidariza com a família, os amigos e os colegas da companheira Nara, mas também chama atenção para o alarmante crescimento no número de mulheres mortas, alvos de violência doméstica e familiar. Diante de um quadro tão assustador, somente a luta das mulheres, de fato, pode trazer uma solução para o problema da violência contra mulher no Brasil.

O PDT, em especial a AMT [Associação da Mulher Trabalhista], sente profundamente a passagem dessa querida amiga. A luta contra a violência doméstica e o feminicídio é de todos nós".

Fonte: O SUL (Marcello Campos)

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