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Curso de Produção de Morango em Substrato forma mais uma turma em Teutônia

Por REDAÇÃO em 30/11/2023 às 19:57:39
Foto: Divulgação/ilustrativa/Reprodução

Foto: Divulgação/ilustrativa/Reprodução

"Ontem eu ainda disse para o meu marido que deveríamos ter feito esse curso antes de iniciar na atividade". A frase dita pela produtora Karine Boré, de Panambi, resume o quão satisfatório tem sido o intercâmbio de experiências durante o Curso de Produção de Morango em Substrato, que concluiu o seu último módulo de 2023 nesta quarta-feira (29/11), no Centro de Treinamento de Agricultores de Teutônia (Certa). "No começo a gente não tem muita orientação, então acerta, erra, tenta de novo, vai superando os desafios", explicou Karine, antes de garantir que a capacitação tem sido "fantástica".

Psicóloga de formação, a agricultora chegou a ter uma clínica para atendimento a pacientes, no município que fica na região Noroeste do Estado. Mas ainda assim nunca perdeu a conexão com o campo, especialmente a partir da relação com o seu marido, Anderson Bueno. "Na realidade era o meu sogro que tinha algumas plantas, investia nos slabs, no substrato", explica. Nesse sentido, foi natural o passo para a formalização de um financiamento, com o apoio da Cooperativa Sicredi, que lhe possibilitou a construção das primeiras estufas que abrigariam sete mil mudas das variedades San Andreas e Albion.

Em razão da característica da região em que está, que tem uma tradição na produção de grãos, Karine salienta que as dificuldades foram ainda maiores. "Lá não temos uma rede de apoio, em que mais agricultores possam trocar informações", observa. A alternativa foi apostar no caráter autodidata e buscar informação por meio de vídeos no Youtube e outras ferramentas, o que não impediu a fruticultora de sofrer com a perda de cerca de 50% das mudas já no primeiro ano da atividade, em decorrência da forte acidez de um substrato em desequilíbrio.

Mas isso não foi o suficiente para desestimular Karine e Anderson, que na primeira safra colheram algo próximo de 500 gramas por pé. "Se tivéssemos melhor amparados em temas como o controle de pragas e doenças das plantas, com certeza estaríamos em situação melhor", comenta a produtora, que afirma terem tido um severo problema de ataques de tripes. "Dá para se dizer que estamos aprendendo enquanto estamos fazendo", sorri a agricultora. "Quando a gente chega aqui no curso leva meio que um "choque de realidade"", resume.

A fala de Karine corrobora a importância da capacitação, que formou dezenas de agricultores em 2023, possibilitando ampliar as informações sobre temas como estrutura produtiva, características das cultivares, fisiologia das plantas, elaboração da solução nutritiva, manejo da água e fertirrigação, manejos e podas e estratégias e controle de pragas e doenças dos morangueiros, entre outras. "A ideia é fornecer uma capacitação completa, com atividades teóricas e práticas distribuídas em 16 horas-aula, que envolva toda a cadeia produtiva, indo desde a escolha do local para colocação das estufas, até chegar à comercialização e à rastreabilidade", pontua o coordenador do Certa e extensionista da Emater/RS-Ascar Maicon Berwanger, que teve o apoio dos extensionistas Djeimi Janisch e Lauro Bernardi no processo.

Em relação ao Certa, Berwanger salienta que durante o ano de 2023 passaram pelo local 345 cursistas em atividades presenciais e de Ensino a Distância (EAD), um formato que, de acordo com o coordenador "veio para ficar", justamente pelo componente democrático, permitindo que produtores de qualquer parte do Estado sejam assistidos pelo curso. Para 2024, esta e outras capacitações, como a de dietas para vacas leiteiras, de boas práticas de fabricação e de empreendedorismo para a juventude rural, estão previstas. "Entre as novidades, a ideia é viabilizar um curso de boas práticas de fabricação para a erva-mate e outra de produção de tomate, que devem ser lançados em breve", avalia Berwanger.

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